terça-feira, 12 de outubro de 2010

SOBRE SAIS DE BANHO

Foi na Grécia, do século XII ao VIII a.C., que os banhos e óleos perfumados ganharam destaque entre os cuidados de beleza. Os mitos gregos dessa época e a epopéia homérica informam sobre os hábitos de limpeza. Escovavam-se os dentes, lavavam-se os cabelos e banhavam-se com óleo de oliva, amêndoa ou gergelim. Na França do século XIX, já em nossa era, o banho e a limpeza eram usados pela burguesia para afirmar sua superioridade sobre o campesinato e a nascente classe operária.


No século seguinte, somente alguns afortunados europeus conseguiam manter abastadas moradias com banheiro e criados para transportar água. O banho turco portátil era a prática mais comum nesta época. Somente por volta de 1910, a água corrente chegou às residências mais ricas da América, alastrando a higiene corporal. De lá pra cá, a evolução foi tamanha que as casas públicas de banho são hoje representadas pelos Spa Day. Os óleos e substâncias aromáticas permanecem em cena, mas é com os sais de banho que o ser humano explora suas sensações neste momento de higiene que se transformou em minutos de prazer.
É claro que hoje em dia é muito mais difícil procurar ervas para enriquecer o banho. Para facilitar essa tarefa, o homem moderno criou a comercialização em larga escala dos sais de banho. Hoje, com a busca do consumidor por bem-estar, esses produtos ganham espaço no mercado cosmético. Adicionados à água, os sais de banho podem provocar sensações de relaxamento, energização, alívio de tensões e excitação.

SOBRE SABONETES E ESPUMAS

O que você espera do melhor sabonete que já conheceu???
Bem..! Tomar um banho aos 65 anos de idade e sair do chuveiro com 22???
Lavar o rosto que sofre de acnes, cicatrizes, rugas e, ao enxugá-lo, notar que você se parece com a Branca de Neve???
E as mãos? Ficariam com técnicas de um virtuose ao piano???
Aí está o maior dilema do mundo..; um sabonete, por melhor que seja, por mais que faça por sua pele.., não opera milagres. Sua obrigação fundamental é, e sempre será, simplesmente ser um SABONETE.
Mas.., o que um sabonete maravilhoso se propõe fazer???
Em princípio, lavar e eliminar a sujidade de tudo que “toca”!!!
Deve ser especial em manter a pele suave, hidratada, perfumada com moderação, criar a sensação de frescor no verão ou calor no inverno e, finalmente, não deixar resíduos ao ser enxaguado.
Todos saberão que ele esteve lá, agiu e “foi embora”!!!
Agora todos perguntam assustados..; “... E A ESPUMA???”.
Quando um sabonete é bom ele sequer tem obrigação de espumar!!!
A espuma é um efeito colateral não uma virtude!
De fato, os sabonetes mais degenerados do mercado costumam ser os que mais espumam, qualquer artifício técnico de adição de “químicos” produz espuma em abundância.
Um dos melhores óleos hidratantes para confecção de sabonetes é o de MAMONA e quase sempre o estragam aditivando-o com tensoativos espumantes.
Um ótimo sabonete de glicerina espuma pouco.
É claro que um sabonete de CÔCO bem preparado espuma fartamente, mas isso é característica própria.
Digamos; “... a rosa é uma flor maravilhosa...”, mas..!Isso nos conduz a esquecer das orquídeas???
Saiba que um ótimo sabonete jamais deverá ser mais do que “UM SABONETE”!!!
Você notará que no decorrer do uso constante de um ótimo sabonete ele realmente fará “certos milagres”.
Sua pele não vai ressecar, o corpo estará sempre limpo e asseado, o perfume que você deixa não é um verdadeiro “rastro”, mas uma fragrância tênue e insinuante, porém e acima de tudo, delicada.
A umidade da pele será constante e moderada e a sensação de leveza é sua marca mais sensível.
Seu perfume não vai embaraçar o da sua água de colônia predileta e estará sempre presente ao ausentarem-se os outros.
Não será sua maquiagem, mas manterá a pele sempre apta a receber seus tratamentos de beleza e os removerá com perfeição quando for necessário.
Por esses singelos aspectos um grande sabonete se destaca dos comuns!!!
Você leu..? Então vá agora buscar seu sabonete!!!

Marcus Siviero

Origens do Sabonete

É muito provável que o sabão tenha sido descoberto acidentalmente quando à milhares de anos o homem, se apercebeu que a gordura que caia da carne que assavam na fogueira se misturava com as cinzas de madeira e se transformava num líquido de limpeza.
Conheça as origens e a evolução do Sabonete ao longo dos séculos:
2800 A.C
A origem do sabão não é precisamente conhecida. Mas as primeiras evidências de um material parecido com o sabão, registradas na história, foram encontradas em cilíndros de barro (datados de aproximadamente 2.800 A.C. - antes de Cristo), durante escavações da antiga Babilônia. As inscrições revelam que os habitantes ferviam gordura juntamente com cinzas, mas não mencionam para que o "sabão" era usado.
1500 A.C.
Os antigos egípcios tomavam banho regularmente. O uso farmacêutico do sabão encontra-se descrito no ébers papyrus (datado de aproximadamente 1.500 A.C.). Este tratado médico descreve a combinação de óleos animal e vegetal com sais alcalinos para formar um material semelhante ao sabão, usado para tratar de doenças.
Mais ou menos na mesmo época, Moisés entregou aos israelitas leis detalhadas sobre cuidados de limpeza pessoal. Ele também relacionou a limpeza com a saúde. Relatos biblícos sugerem que os israelitas sabiam que a mistura de cinzas e óleo produzia uma espécie de pomada.
1000 A.C.
Aparentemente os primeiros gregos não usavam sabão. Eles limpavam seus corpos com blocos de barro, areia, pedra pomes e cinzas e, em seguida, ungiam seu corpo com óleo e raspavam o óleo e a sujeira com um intrumento de metal conhecido como strigil. Eles também usavam óleo e cinzas. As roupas eram lavadas nos rios, sem o uso de sabão.
600 A.C.
A invenção do sabonete é atribuída aos antigos fenícios que, 600 anos antes de Cristo, usavam terra argilosa contendo calcário ou cinzas de madeira (uma mistura pastosa) para limpar o corpo.
O conhecimento de um produto tão útil espalhou-se rapidamente ao longo das rotas de comércio através de Syria, de Palestina e de Egipto. Tendo chegado à Europa (França), através dos Fenícios, mas estranhamente os Romanos não aprenderam a arte de fazer sabão, durante um periodo de quase 600 anos.
Séc. I  D.C.
No primeiro século da era cristã em Roma, sabão tingido foi usado nos cabelos ou até talvez em outras partes do corpo. Este costume foi adquirido dos gauleses. (Os antigos povos germanicos e gauleses também são reconhecidos como sendo descobridores de uma substância chamada sabão, feita de sebo e de cinzas. Eles usavam este material para tingir seus cabelos de vermelho).
Gaius Plinius Secundus (23 ou 24-79 D.C), autor da História Natural, menciona a preparação do sabão a partir do cozimento do sebo de carneiro com cinzas de madeira. O procedimento envolve o tratamento repetido da pasta resultante com sal, até ao produto final. Segundo Plínio, os fenícios conheciam a técnica desde 600 A..C.
Na época da erupção do Vesúvio em 79 D.C. (depois da era cristã), destruindo Pompéia e Herculano, uma fábrica de sabão estava entre as indústrias que foram encobertas para a posteridade.
Há uma lenda interessante (não suportada por nenhuma evidência) que explica que a palavra sabão teve sua origem derivada do Monte Sapo, lugar onde animais eram queimados em sacrifício aos deuses, uma prática comum na Roma antiga. A chuva levava uma mistura de sebo animal (gordura) derretido, com cinzas e barro para as margens do Rio Tibre. Essa mistura resultava numa borra (sabão). Os habitantes de Roma perceberam que as roupas ficavam mais limpas quando lavadas próximo aos altares de sacrifício.
Séc. II d.C.
o médico grego Galen (130-200 d. C) descreve uma técnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e cinzas, apontando sua utilidade para a remoção de sujidade corporal e de tecidos mortos da pele.
Século XII
O sabão sólido apareceu no século XIII, quando os árabes descobriram o chamado processo de saponificação - mistura de óleos naturais, gordura animal e soda cáustica que depois de fervida endurece.
Esta receita é originária da cidade de Aleppo na Síria, e é ainda hoje produzida e comercializada em todo o mundo. É um produto completamente natural feito artesanalmente, não contem nenhum perfume, corante, conservante ou outros aditivos. Os seus ingredientes principais são o óleo de azeitona e o óleo da folha de Louro, pode ser usado por todos, incluindo quem tenha a pele muito sensível .
Século IX
Por volta do ano 800, existiam dois grandes centros de produção de sabão, Marseilha em França and Savona em Itália. Os sabões eram feitos de óleo de azeitona e de lixívia de soda cáustica (feita através de algas marítimas)
Século XII
O primeiro fabricante de sabão em Inglaterra aparece aproximadamente 1192, Richard de Devizes, um monge, fez referência ao número dos fabriocantes em Bristol e aos cheiros desagradáveis que criaram.
Séculos XV e XVI
A fabricação do sabão era uma actividade estabelecida na Europa no fim da Idade Média. As associações dos fabricantes de sabão guardavam seus segredos industriais a sete chaves. Óleos de origem vegetal e animal eram usados com cinzas de plantas e também fragrâncias. Gradualmente, uma maior variedade de sabão foi-se tornando disponível para barbear e lavar a cabeça, bem como para o banho e lavagem de roupa.
A Itália, a Espanha e a França estão sempre entre os primeiros centros de fabricação do sabão.
Várias cidades européias tornaram-se centros produtores de sabão, na época o sabão era um produto de luxo, usado apenas por pessoas ricas.
Século XVII
Diz-se que no reino de Elizabeth I de Inglaterra o consumo de sabão era maior do que em qualquer outro país europeu. É, possível que Elizabeth I, tenha criado a moda, pois fez anunciar na corte que a rainha tomava um banho de quatro em quatro semanas "sendo necessário ou não".
Mais tarde, o sabão sofreu uma série de restições e uma pesada carga tributária sendo taxado como ítem de luxo, (Embora uma barra de sabão apenas custasse 2 libras, tinha-se que pagar um imposto de 3 libras, por essa barra). Só em 1853 é que a taxa foi abolida em Inglaterra.
Séc. XVIII
Em 1792, a primeira patente do processo de fabricação de sabão é registada; o químico francês Nicolas Leblanc consegue obter soda caústica do sal de cozinha, (elemento activo encontrado nas cinzas, que se junta à gordura para fazer o sabão). Este processo permitiam obter grandes quantidades de soda de boa qualidade a um baixo custo, dando um grande avanço na fabricação de sabão.
Em 1789, Andrew Pears fez o primeiro sabonete transparente.
Séc. XIX
Em meados de XIX, o químico belga, Ernest Solvay, inventou o processo da amônia, onde também o sal comum era utilizado para fazer a soda. O processo da Solvay reduziu ainda mais o custo da soda e aumentou tanto a qualidade quanto a quantidade de soda disponível para a fabricação de sabão.
Em 1878, o químico James Gamble descobre como produzir sabão branco, cremoso e delicadamente perfumado. Esse novo sabão produzia uma rica espuma, mesmo em contato com a água fria, e tinha uma consistência homogênea e suave. O seu primo Harley Procter (dono de uma fábrica de velas e sabão) passa a promover esse sabonete, prevendo a invenção da luz elétrica, poderia acabar de uma vez com a seu lucrativo negócio de velas. Algum tempo depois, um descuido na fábrica levou a fabricação de um novo tipo de sabão, o Sabão de mármore.
Em 1879 foi inventado o Sabonete "Roger & Gallet" o primeiro sabonete redondo, envolto artesanalmente em papel drapeado, que actualmente ainda é fabricado.
Quando William Hesketh Lever e o seu irmão, começam a fazer sabão, em 1874, o sabão era vendido a peso e cortado directamente de uma grande barra pelo comerciante. Em 1884, revolucionaram o mercado, ao introduzirem um sabonete com embalagem e com uma marca : Sunlight Soap.
William Lever começou a utilizar uma série de óleos vegetais, em vez de apenas o óleo de azeitona e as descobertas subsequentes neste campo permitiram que o uso destes óleos se estendessem a outros produtores.
Em 1887 surgiu em Portugal, no Porto a primeira fábrica nacional de sabonetes e perfumes, fundada por dois alemães radicados em Portugal: Ferdinand Claus e Georges Ph. Schweder. Nesta época, estes produtos eram importados e vistos como um privilégio das classes sociais mais abastadas.
Inicialmente, os tinham a marca F.P.C. - iniciais de "Fábrica de Productos Chimicos CLAUS & SCHWEDER, SUCRS." -. São atribuídos nomes estrangeiros a todas as linhas, para ir de encontro aos gostos da época.
Seguem-se anos de forte expansão, à medida que o sabonete se populariza e acaba por roubar quota de mercado ao sabão grosseiro.
Atualmente ainda comercializa, e cada vez com mais sucesso, para os E.U.A, Canadá e Inglaterra através da marca Claus Porto.
Séc. XX
Durante a Segunda Grande Guerra o sabão era um produto racionalizado em muitos países, devido à escassez de óleos e gorduras para a fabricação de sabão comum. Em consequência a investigação sobre novos processo de fabrico foi acelerada, surgindo os primeiros produtos de origem sintética (detergentes, resultantes da indústria petroquímica). Com os resultados que podem ser vistos hoje nos sabonetes comerciais.

Assim surgiu um dos produtos mais usados no mundo, que hoje se apresenta nas mais diversas formas, tipos, tamanhos e cores.



AQUARELA DO BRASIL (SAMBA)

HINO NACIONAL BRASILEIRO EM VARIOS RITMOS